Antes de entender o que é e qual o objetivo do sistema de gestão Lean Manufacturing, vamos passar brevemente por sua história:
Por volta de 1948, os engenheiros industriais Taiichi Ohno e Eiji Toyoda tinham uma missão complexa – criar um sistema que envolvesse pouco estoque, fluxo de caixa curto e eficiência produtiva, sem perder a qualidade. Tudo isso, num Japão com a economia devastada pela guerra.
Assim surgiu o Sistema Toyota de Produção, que décadas mais tarde viria a se chamar Lean Manufacturing, através do livro A mentalidade enxuta nas empresas: Elimine o desperdício e crie riqueza, que foi escrito por pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).
Agora que você está mais contextualizado(a), vamos para a prática!
Confira também nossos artigos sobre: Gestão da Produção; Ferramenta 5W2H; Diagrama de Ishikawa.
O que é o sistema de gestão Lean Manufacturing?
Assim como citamos anteriormente, o Lean Manufacturing é um sistema de gestão empresarial, com foco nas melhorias dentro do âmbito produtivo.
Dele derivam ferramentas de gestão como: Kanban, Kaizen e a Filosofia 5S. Essas ferramentas dão suporte às atividades e iniciativas necessárias para alcançar os 5 principais objetivos do Lean:
- Melhoria Contínua dos processos
- Agilidade de produção
- Aumento na capacidade produtiva
- Melhorias no ambiente de trabalho
Combinados, esses 5 objetivos garantem maior performance produtiva com custo menor, ou seja, sua empresa trabalha com uma margem de lucro maior.
Portanto, se os 4 primeiros objetivos são atendidos, sua empresa tem caixa para trabalhar nas melhorias do ambiente de trabalho – expansão do parque fabril, alterações no layout, insumos produtivos (ferramentas) e etc.
Além dos objetivos do sistema de gestão, existem 5 princípios que sua empresa precisa obedecer.
Os 5 princípios do Lean
1 e 2 – Valor e Fluxo de Valor
Colocando o seu cliente no centro, você vai em busca de informações e dados para descobrir onde ele enxerga valor no seu produto, ou seja, onde o seu produto mais impacta a rotina dele.
Posteriormente, com essas informações em mãos, você vai precisar olhar para a sua produção e realizar um mapeamento dos processos produtivos, classificando-os em:
- Processos que efetivamente agregam valor ao produto e clientes;
- Processos que não agregam valor, entretanto são necessários;
- Por fim, processos que não geram valor e tão pouco impactam na qualidade – devem ser eliminados!
Conhecendo mais a fundo os processos e baseando-os na proposta de valor, agora sua empresa pode definir as atividades a serem realizadas.
3 – Fluxo Contínuo
A produção não pode parar!
Processar pedidos com agilidade é fundamental para produzir sem interrupções e garantir rapidez na entrega.
Outro fator importante é o estoque, isso porque ele deve conter apenas os insumos necessários a produção – por isso ele é enxuto!
Nesse sentido, os sistemas de gestão produtiva da Infosoft integram todos os setores da sua empresa e garantem o suporte para você rodar o Lean Manufacturing.
4 – Produção sob demanda
Apesar de parecer óbvio, nem sempre foi.
No fordismo por exemplo, eram produzidas peças sobressalentes para a linha de montagem. A consequência você já sabe qual era – desperdício.
Entretanto, depois de anos atuando sob o modelo Lean, hoje essa mentalidade de produzir sob demanda é um conceito básico para negócios e amplamente difundido.
5 – Perfeição
Qualidade é uma premissa do Lean Manufacturing!
Portanto, não há segredos aqui – todas as práticas adotadas devem favorecer a qualidade do produto.
As ferramentas Lean Manufacturing
Para suportar a aplicação do sistema Lean, existem ferramentas de gestão derivadas dele, que, conforme o seu segmento ou processo produtivo, sua empresa terá que utilizar.
Essas são as 5 ferramentas mais comuns, derivadas do sistema Lean:
- Filosofia 5s – Utilização / Organização / Limpeza / Padronização / Disciplina;
- JIT (Just in Time) – Agilidade no processo / Redução de custos de estoque;
- Kanban – Controle e gestão do fluxo de produção;
- Kaizen – Melhoria contínua, menor custo e melhora produtiva;
- Padronização de atividades – Maior controle sobre o processo.
Essas ferramentas de suporte são, acima de tudo, metodologias de trabalho e, portanto, não excluem a necessidade de concentrar e automatizar processos no nosso sistema de gestão!
Os 8 desperdícios do Lean
Existem mais variáveis a serem analisadas dentro do sistema Lean, agora olhando para o lado dos desperdícios produtivos!
Vamos conferir quais são!
Transporte | transporte interno de materiais e ferramentas, assim como os de documentos devem ser considerados
Estoque | estoque excessivo de insumos significa – dinheiro parado!
Movimentação | estamos tratando da movimentação dos funcionários, ou seja, movimentações na sua rotina de trabalho ou até mesmo reuniões em excesso.
Espera | o sistema Lean busca minimizar os tempos de espera entre processos.
Superprodução | produzir a mais do que o necessário ou de forma muito antecipada;
Processamento excessivo | é a redundância de processos fabris, ou seja, repetir etapas além do necessário.
Retrabalho | é o desperdício mais comum nas indústrias e sempre que acontece, sua empresa deve rodar o Diagrama de Ishikawa para encontrar a raiz do problema.
Desperdício intelectual | acontece quando você tem profissionais altamente capacitados, entretanto não os aproveita.
Para fechar esse artigo, queremos compartilhar com você gestora ou gestor, nosso modelo de Kanban.
Basta clicar no botão e baixar!
Autor – Vinícius Cato Mariano